domingo, 13 de março de 2016

Dinossauros: Porque Eram Tão Grandes?


Gigantismo nos dinossauros

Um dos aspectos que nos fascina em relação aos dinossauros é o seu tamanho. Porque eram tão grandes? Porque motivo nenhum animal terrestre atual se aproxima do tamanho que alguns dinossauros atingiam? O que era diferente na altura?
Inicialmente os dinossauros eram quase todos de pequenas dimensões (também chamados de protodinossauros), chegando a haver espécies do tamanho de cães e mesmo de galinhas.
No entanto, esta característica foi-se alterando, até ao ponto em que uma grande percentagem atingiu dimensões colossais. Um exemplo dessas enormes proporções é o argentinossauros, que chegava a pesar 100 toneladas, ou o diplodocus, cujos achados fósseis revelaram poder ter chegado a medir 45 metros de comprimento.
O fenômeno do gigantismo, porém, ocorreu em muitos animais e não apenas nos dinossauros. Importante também referir que, se em alguns casos os dinossauros evoluíram para espécies muito maiores, outros continuaram relativamente pequenos.
Uma das teorias para este fenômeno associa o desenvolvimento do gigantismo ao aumento do CO2 (dióxido de carbono), que se acumulou na atmosfera.
Consequentemente, deu-se o aumento das temperaturas – aquecimento global – que foi propício ao aumento de tamanho e de quantidade das plantas angiospérmicas, o que significa que havia maior disponibilidade de alimento, crucial para o desenvolvimento de animais de grandes portes.
Por outro lado, o facto de haver uma temperatura superior também leva a que haja uma diminuição do metabolismo, e, por consequente, um fácil aparecimento do gigantismo.
Os dinossauros herbívoros que se adaptaram, foram tomando proporções cada vez maiores, e os carnívoros foram evoluindo igualmente para tamanhos superiores, de forma a conseguirem continuar a competir pelo alimento.
Outra teoria defende que os dinossauros de maiores dimensões tinham vantagens sobre outros dinossauros mais pequenos (por exemplo na defesa contra predadores) e por isso a seleção natural levou a que as espécies dominantes fossem cada vez maiores.
Um diplodocus de 45 metros de comprimento parece virtualmente imune a qualquer predador. Mas claro que aqui se coloca a questão dos próprios predadores. Um carnívoro de 13 metros, como o tiranossauro, limitava-se a caçar animais pequenos? Ou seria necrófago (alimentar-se de carcaças que encontrava, em vez de caçar animais vivos)?
Não podemos também ignorar o nosso conhecimento limitado sobre a fauna que existia há tantos milhões de anos atrás. Conhecemos apenas os animais que chegaram até nós no registro fóssil. Um animal pequeno (ossos pequenos) é muito mais difícil de preservar do que um monstro de 20 ou 30 metros (ossos enormes).
Quer isto dizer que conhecemos muitas das grandes espécies, mas podemos não conhecer muitas das espécies pequenas e isso pode-nos levar a ter uma ideia errada do tamanho médio dos dinossauros.
O motivo pelo qual não temos, hoje, animais terrestres do tamanho dos maiores dinossauros, pode ser em termos simples explicado pela evolução.
Os dinossauros dominaram o planeta durante 165 milhões de anos, tempo suficiente para a natureza experimentar todos os tamanhos e feitios. Num dado momento da história da vida na Terra, ser gigante poderia ser uma vantagem. Depois, deixou de o ser.
No último período dos dinossauros, o Cretáceo, sabemos que habitaram grandes dinossauros como o tiranossauro, mas também dinossauros muito pequenos, como o microraptor, que não ultrapassava 90 centímetros de comprimento e um quilo de peso.
Mesmo após a extinção dos dinossauros, um grupos de dinossauros muito mais pequenos sobreviveu. As aves.

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