quinta-feira, 31 de março de 2016

Aye- Aye


O aie-aie, também ai-ai ou aye-aye (Daubentonia madagascarienses, anteriormente Chiromys madagascarensis) é um primata estrepsirrino endémico de Madagáscar. É o único representante vivo da família Daubentoniidae. Noturno e arborícola, possui pelo negro e um dos seus dedos é maior, que usa para conseguir caçar larvas nos buracos das árvores. Os seus olhos são grandes e possui boa visão noturna.
O aie-aie é aparentado com os lémures. A sua muito estranha aparência faz com que seja considerado o principal responsável pela origem da palavra "lémur", que quer dizer em latim «espírito noturno». O aie-aie é o único representante vivo do seu género (Daubentonia), família (Daubentonidae) e infraordem (Chiromyiformes). Só se conhece outra espécie próxima ao aie-aie, Daubentonia robusta, que se extinguiu por volta de 1000 anos atrás.

Lendas

Não só a perda do seu habitat natural faz com que o animal corra perigo de extinção, pois os próprios habitantes da região o matam temendo sua "natureza maligna". Muitos aldeões acreditam que encontrar um aie-aie é pior do que conhecer a própria morte, significando inclusive que um aldeão em breve irá morrer.
Lendas locais afirmam que o animal invade casas à noite para amaldiçoar os moradores com seu longo dedo médio. Variações da lenda dizem que, na verdade, o aie-aie usa o seu dedo do meio para perfurar o coração das pessoas enquanto elas estão dormindo. Essas lendas podem ter se desenvolvido porque, além não ter uma aparência muito simpática ele não possui medo do ser humano, se aproximando de grupos de pessoas para vê-los.

Anatomia e morfologia

Jovens aie-aies geralmente têm o focinho cor prata e uma faixa em baixo das costas. Entretanto, quando atingem a maturidade, seus corpos são cobertos de pelos grossos e não possuem uma cor sólida. A ponta dos pelos do cabelo e das costas têm terminação branca enquanto o resto do corpo é castanho ou amarelo. Um aie-aie adulto tem cerca de três pés de comprimento (incluindo a cauda). O traço mais marcante é os seus dedos. O terceiro dedo é mais fino que os outros, ele é usado para bater no casco das árvores, enquanto o quarto dedo, o mais longo, é usado para puxar para fora os insetos de dentro das árvores.

Comportamento

Dieta

O aie-aie come matéria animal, nozes, larvas de insetos, frutas, néctar, semente e fungos, sendo assim considerado omnívoro. Aie-aies têm preferência por besouros cerambycid. O aie-aie não estando em seu habitat natural passa muitas vezes a roubar cocos, mangas, cana-de-açúcar, lichias e ovos de aldeias e plantações. Algumas pesquisa sugerem que aie-aies preferem seiva e legumes a insetos, especialmente gafanhotos, vermes e larvas.


domingo, 27 de março de 2016

O Bongo







Nome Científico: Bongo
Nome Cintífico:Tragelaphus eurycerus isaaci
Distribuição geográfica: .África Central e Ocidental
Habitat natural: Floresta densa
Hábitos alimentares: Folhas, Flores,
Tamanho:entre 210 e 240 quilosPeso: 235 kg
Período de gestação:285 dias
Número de crias: 1 cria
Tempo médio de vida:20 anos
Estado de conservação da espécie: Vias de extinção

sexta-feira, 25 de março de 2016

Confira as criaturas mais estranhas da natureza


Existem criaturas no mundo que você jamais poderia pensar que existissem. São seres realmente bizarros, com características incomuns e que chamam a atenção.

Confira o Top 10 das criaturas mais estranhas da natureza e, caso queira saber mais, assista o vídeo postado no canal Top Trending, do Youtube, com o nome “10 Creatures You Never Knew Existed”.

Top 10 animais mais esquisitos da Terra:


1 – Salamandra gigante da China – A criatura tem 180 centímetros de comprimento e pesa 30kg. Realmente é um grande anfíbio.




2 – Dragão Azul do Mar – A espécie tem de 5 a 8 centímetros e apresenta uma aparência estranha e uma cor azul intensa.




3 – Antílope Saiga – O mamífero é até simpático. Ele conta com longos chifres na cabeça e um nariz muito bizarro.




4 – Dumbo Octopus – Esse bichinho é parecido com o elefante Dumbo, do desenho animado, mas com forma pequena. O animal vive no fundo do mar.




5 – Tartaruga gigante de casco mole – Essa espécie de tartaruga tem olhos estranhos e um casco achatado e mole. O animal tem dois metros.




6 – Sapo Roxo Indiano – Um sapo com aparência nojenta e estranha. A criatura é gorda e tem olhos pequenos. A coloração é arroxeada.




7 – Aranha Goliath – Essa é a maior aranha do mundo. Ela tem 30 centímetros, pesa 170 gramas e tem 7 centímetros de presas.




8 – Formiga Panda – Essa espécie de formiga tem pelos nas cores preto e branco e um grande ferrão.




9 – Camarão Pavão – Um camarão colorido e de olhos muito grandes.




10 – Lampreia – É um tipo de água-viva que vive no mar. Ela tem uma aparência assustadora, com cerca de 13 centímetros e dentes afiados, semelhantes aos de vampiros.



Fonte: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/as-10-criaturas-mais-estranhas-da-natureza.html

terça-feira, 22 de março de 2016

Sauá Príncipe Bernhard

A mais recente descoberta da ciência

Sauá Príncipe Bernhard

Callicebus bernhardi – O sauá-Príncipe-Bernhard é uma das mais recentes descobertas da ciência e foi descrito pela primeira vez no ano de 2002. Seu nome científico é uma homenagem ao Príncipe Bernard, da Holanda, criador do prêmio de conservação "Ordem da Arca Dourada", que incentiva ações de conservação da biodiversidade.

Mede cerca de 80 centímetros de comprimento e pesa, em média, 700 gramas. Sua principal característica é a “barba” cor de laranja. Os membros também são alaranjados, a região dorsal é marrom e a cauda é negra com a ponta branca. A cauda não é preênsil.

Endêmico do Brasil, o sauá-Príncipe-Bernhard, também chamado de zogue-zogue, é encontrado na margem leste do Rio Madeira e próximo ao Rio Aripuanã, na Floresta Amazônica, nos estados do Amazonas e Rondônia.

Tem hábitos diurnos e gregários, formando pequenos grupos familiares de até cinco indivíduos. Alimenta-se de frutas, folhas e artrópodes.

Apesar de pouca informação sobre a espécie, acredita-se que não se encontra ameaçada de extinção, uma vez que vive em áreas isoladas, protegidas e longe do contato com as pessoas.






Fonte: http://www.cachorrogato.com.br

quinta-feira, 17 de março de 2016

Curiosidade: Axolote




Axolote

Ambystoma mexicanum
Ordem: Caudata Família: Ambystomatidae

Identificação

Salamandra com aspeto larvar mesmo no estado adulto (neotenia).

Comprimento total: até 30 cm. Distingue-se pela presença de 3 pares de brânquias externas plumosas nos dois lados da cabeça. Apresenta barbatana caudal desde a parte terminal da cabeça até à extremidade do corpo. Os membros são curtos e fracos, constituídos por cartilagem. Pulmões rudimentares. A pele é escura podendo variar entre o cinza e o castanho, muitas vezes com manchas. Indivíduos albinos são comuns.

Hábitos

Apesar de anfíbio é uma espécie exclusivamente aquática durante todo o seu ciclo de vida. São agressivos entre si, podendo morder e mutilar partes de outros indivíduos como as brânquias ou os membros. Têm, no entanto, uma grande capacidade de regeneração dos tecidos e mesmo órgãos.

Dieta: alimenta-se de tudo o que conseguir caçar: insetos aquáticos, moluscos, artrópodes e peixes.

Reprodução 

Espécie ovípara com fertilização interna. O macho liberta pequenas bolsas cónicas de espermatozóides e atrai a fêmea até ao local. Esta, aproxima-se e recolhe uma parte através da cloaca.

Época de acasalamento: pensa-se que varie consoante a temperatura da água. No habitat natural pode ocorrer entre dezembro e junho.

Postura: cada fêmea pode depositar 200-1000 ovos por postura, dependendo do tamanho da fêmea. Os ovos ficam aderentes à vegetação do meio devido ao revestimento gelatinoso que os cobre.

Duração da metamorfose: não ocorre espontaneamente, no entanto, pode ser induzida artificialmente.

Maturidade sexual: cerca de 12-18 meses.

Distribuição e Habitat 




México (lago Xochimilco)
Habitat: lagos de água doce, com fundo escuro e vegetação abundante.

Conservação 

Criticamente em Perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza).

Principal ameaça: redução do habitat por ocupação humana, captura para o comércio ilegal de espécies exóticas e para alimentação das populações locais.

domingo, 13 de março de 2016

Dinossauros: Porque Eram Tão Grandes?


Gigantismo nos dinossauros

Um dos aspectos que nos fascina em relação aos dinossauros é o seu tamanho. Porque eram tão grandes? Porque motivo nenhum animal terrestre atual se aproxima do tamanho que alguns dinossauros atingiam? O que era diferente na altura?
Inicialmente os dinossauros eram quase todos de pequenas dimensões (também chamados de protodinossauros), chegando a haver espécies do tamanho de cães e mesmo de galinhas.
No entanto, esta característica foi-se alterando, até ao ponto em que uma grande percentagem atingiu dimensões colossais. Um exemplo dessas enormes proporções é o argentinossauros, que chegava a pesar 100 toneladas, ou o diplodocus, cujos achados fósseis revelaram poder ter chegado a medir 45 metros de comprimento.
O fenômeno do gigantismo, porém, ocorreu em muitos animais e não apenas nos dinossauros. Importante também referir que, se em alguns casos os dinossauros evoluíram para espécies muito maiores, outros continuaram relativamente pequenos.
Uma das teorias para este fenômeno associa o desenvolvimento do gigantismo ao aumento do CO2 (dióxido de carbono), que se acumulou na atmosfera.
Consequentemente, deu-se o aumento das temperaturas – aquecimento global – que foi propício ao aumento de tamanho e de quantidade das plantas angiospérmicas, o que significa que havia maior disponibilidade de alimento, crucial para o desenvolvimento de animais de grandes portes.
Por outro lado, o facto de haver uma temperatura superior também leva a que haja uma diminuição do metabolismo, e, por consequente, um fácil aparecimento do gigantismo.
Os dinossauros herbívoros que se adaptaram, foram tomando proporções cada vez maiores, e os carnívoros foram evoluindo igualmente para tamanhos superiores, de forma a conseguirem continuar a competir pelo alimento.
Outra teoria defende que os dinossauros de maiores dimensões tinham vantagens sobre outros dinossauros mais pequenos (por exemplo na defesa contra predadores) e por isso a seleção natural levou a que as espécies dominantes fossem cada vez maiores.
Um diplodocus de 45 metros de comprimento parece virtualmente imune a qualquer predador. Mas claro que aqui se coloca a questão dos próprios predadores. Um carnívoro de 13 metros, como o tiranossauro, limitava-se a caçar animais pequenos? Ou seria necrófago (alimentar-se de carcaças que encontrava, em vez de caçar animais vivos)?
Não podemos também ignorar o nosso conhecimento limitado sobre a fauna que existia há tantos milhões de anos atrás. Conhecemos apenas os animais que chegaram até nós no registro fóssil. Um animal pequeno (ossos pequenos) é muito mais difícil de preservar do que um monstro de 20 ou 30 metros (ossos enormes).
Quer isto dizer que conhecemos muitas das grandes espécies, mas podemos não conhecer muitas das espécies pequenas e isso pode-nos levar a ter uma ideia errada do tamanho médio dos dinossauros.
O motivo pelo qual não temos, hoje, animais terrestres do tamanho dos maiores dinossauros, pode ser em termos simples explicado pela evolução.
Os dinossauros dominaram o planeta durante 165 milhões de anos, tempo suficiente para a natureza experimentar todos os tamanhos e feitios. Num dado momento da história da vida na Terra, ser gigante poderia ser uma vantagem. Depois, deixou de o ser.
No último período dos dinossauros, o Cretáceo, sabemos que habitaram grandes dinossauros como o tiranossauro, mas também dinossauros muito pequenos, como o microraptor, que não ultrapassava 90 centímetros de comprimento e um quilo de peso.
Mesmo após a extinção dos dinossauros, um grupos de dinossauros muito mais pequenos sobreviveu. As aves.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Animais Exóticos: Chinchila

Chinchila: O Roedor de Pêlo Sedoso

Chinchila
Fotografia: Wikimedia Commons
Classificação científica:
  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Rodentia
  • Família: Chinchillidae
  • Género: Chinchilla
  • Espécies: Chinchilla lanigera e C. chinchilla
Nome comum: Chinchila
Originária da América do Sul, onde era muito apreciada pelos nativos para aproveitamento das peles, esta espécie de pequenos roedores foi descoberta pelos conquistadores espanhóis quando da conquista no século XVI.
Anos mais tarde e trazida pelos espanhóis, a chinchila é introduzida na Europa e devido às características do seu pelo extremamente fofo e macio, inigualável, é levada praticamente à extinção.
No princípio do século passado, os criadores de peles, temendo a extinção da espécie, começam a criá-las em cativeiro.
Atualmente e devido ao peso da opinião pública, visto a chinchila ser unicamente criada para a produção de casacos de peles, começou a verificar-se uma grande quebra na procura deste vestuário, o que levou os criadores a passarem a criá-las como animais de estimação.

A chinchila como animal de estimação

As chinchilas são animais dóceis e meigos, deixam-se manusear com facilidade, raramente mordendo. São extremamente sociáveis, não sendo por isso aconselhável que vivam sozinhas. Poderão ser mantidas em trios (um macho e duas fêmeas) em casais ou em pares (desde que criadas juntas).
Quando se juntam duas chinchilas que não se conhecem, essencialmente se forem adultas, deverá ter-se um extremo cuidado com a “apresentação”. O ideal é ter uma gaiola com divisória de modo a que se possam cheirar uma à outra, ou duas gaiolas separadas mas encostadas uma à outra.
Depois de passarem um ou dois dias nesta situação podem juntam-se, sempre com extremo cuidado e supervisão. Ao mínimo sinal de conflito, deve separá-las de imediato. Uma briga entre chinchilas, sejam elas machos ou fêmeas, pode provocar ferimentos muito graves.
Não é de modo nenhum conveniente manter uma chinchila sozinha porque pode desenvolver problemas comportamentais.
Apesar de serem animais nocturnos, são facilmente adaptáveis aos nossos horários e desde que tenham a companhia dos seus donos, poderão passar parte do dia acordadas.

Alimentação

As chinchilas têm um sistema digestivo bastante sensível, sendo por isso aconselhável um cuidado extremo na sua alimentação. Existem no mercado rações específicas para chinchilas. Deverá dar-lhes feno diariamente, alguma fruta, maçã, kiwi, uvas e passas de uva (neste último, duas ou três vezes por semana).

Alojamento

Chinchila dentro da gaiola
Chinchila dentro da gaiola
Fotografia: Wikimedia Commons
Existem no mercado gaiolas próprias para chinchilas, com prateleiras, de modo a que possam saltar de umas para as outras. O fundo deve ser forrado com material próprio para mamíferos exóticos. Deverá usar-se uma caixa para que se possam esconder quando dormem e para que os bebés possam abrigar-se dos saltos dos pais.
A gaiola deverá ter o espaço suficiente para que elas possam exercitar-se convenientemente.
Deve proporcionar-lhes um recipiente em barro ou loiça para que possam tomar o seu banho de areia (própria para chinchilas) de forma a manterem o pêlo sedoso e limpo. Nunca dê banho com água à sua chinchila.
Os dentes das chinchilas, como de qualquer roedor, estão em constante crescimento. Coloque dentro da gaiola pedaços de madeira, cascas de coco ou pedra de cálcio para que, roendo, possam gastar os dentes.

Reprodução e filhotes

Filhotes de chinchila
Filhotes de chinchila
Fotografia: Wikimedia Commons
A chinchila fica sexualmente madura a partir dos quatro meses, sendo que a idade ideal para a reprodução é por volta dos nove meses de idade.
O cio dura entre dois a cinco dias e a ovulação entre 28 e30 dias. O cruzamento em regra ocorre durante a noite e algumas horas depois a fêmea expele um tampão.
O período de gestação dura cerca de 111 dias, devendo as fêmeas ter no máximo dois partos por ano. A média de crias por ninhada é de dois bebés, sendo no entanto possível nascerem até seis.
A fêmea entra novamente em cio imediatamente após o parto, que pode durar até 36 horas, pelo que se deve retirar o pai da gaiola de modo a que não voltem a acasalar imediatamente. Poderá juntar-se novamente o macho cerca de uma semana depois.
Os filhotes de chinchila, apesar de nascerem de olhos abertos, a andarem e completamente cobertas de pelo, só a partir do décimo dia é que começam a trincar feno e ração. Mamam cerca de dois meses mas convém só as separar dos pais depois de ter a certeza absoluta de que comem sozinhas.

Cores das chinchilas

  • Cinza standart: O tom de cinzento poderá ser mais escuro ou mais claro, os olhos são pretos, orelhas cinzentas escuras e a barriga cinzenta muito clara;
  • Bege heterozigótico: A chinchila é bege, olhos e orelhas vermelhas, barriga e patas brancas;
  • Bege homozigótico: O pelo é bege mais claro, os olhos rosa claro com íris branca, orelhas rosa e barriga branca.
A diferença entre estas duas beges é que a homozigótica possui dois genes dominantes e a heterozigótica, um dominante e outro recessivo.

Veludos

  • Preto: A cabeça e o dorso são pretos, tornando-se gradualmente mais cinzento até à barriga. Os olhos são pretos e as orelhas cinzentas;
  • Castanho: Resultado do cruzamento dum veludo preto com bege, a cor castanha pode ser escura ou clara. Os olhos são vermelhos escuros e as orelhas cor-de-rosa.
Não se devem cruzar chinchilas veludo entre elas, visto serem portadoras de um gene letal que poderá produzir crias com deficiências ou até mesmo nascerem mortas.

Brancos

  • Branco Wilson: A chinchila é branca, olhos pretos e orelhas cinzentas escuras;
  • Branco mosaico: Branca com manchas cinzentas, olhos pretos orelhas e patas cinzentas claras;
  • Branco rosa: A chinchila é branca, olhos e orelhas vermelhas;
  • Branco prateado: A chinchila tem uma mistura de pelos brancos e cinzentos o que lhe dá um aspecto de prateado, olhos pretos, orelhas e patas cinzentas claras.

Outras cores

  • Ébano: A chinchila tem o pelo completamente preto, olhos e orelhas pretas, sendo que o heterozigótico pode ter pelos cinzentos;
  • Violeta: O pelo é cinzento muito claro com sub pelo branco, olhos escuros orelhas cinzentas e barriga branca;
  • Safira: O pêlo é azulado e a barriga é branca. Cor extremamente rara e pela qual todos os criadores suspiram.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Repteis: Basilisco-de-crista-verde




Basilisco-de-crista-verde

Basiliscus plumifrons
Ordem: Squamata Família: Iguanidae

Identificação

Comprimento total: Até cerca de 70 a 80 cm. O comprimento da cauda é aproximado ao comprimento do corpo. A sua pele é verde com manchas brancas ou azuis ao longo dos flancos. O macho é mais comprido do que a fêmea e tem três cristas elevadas: na cabeça, no dorso e na cauda.

Hábitos

Espécie diurna e arborícola. Quando ameaçada atira-se dos ramos para a água onde, devido a escamas especializadas nas patas traseiras, se consegue deslocar, muito rapidamente, à superfície. Essa capacidade para “andar” sobre a água justifica o seu outro nome comum: “lagarto-de-jesus-cristo”. Excelente nadadora, pode-se manter submersa durante 30 minutos sem respirar, mas também boa corredora em terra e sobre a água, a espécie pode atingir os 11 km/h em corridas a curta distância. Quando a velocidade da corrida sobre a água diminui, o animal submerge. O macho é muito territorial e agressivo com outros machos, independentemente de se tratar da época de reprodução ou não. Dieta:Insectos, pequenos mamíferos, peixes, rãs, pequenos lagartos, flores e frutos.

Reprodução

Espécie ovípara. Época de acasalamento: Todo o ano, no entanto, em habitat natural, considera-se de Abril a Janeiro. Postura: 4-18 ovos depositados num buraco escavado no solo pela progenitora. Cada fêmea pode realizar várias posturas por ano. Período de incubação: 55-75 dias a temperaturas entre os 27 e os 30°C. Temperaturas mais baixas (24-25°C) implicam um período de incubação mais longo (90-105dias). Maturidade sexual: 15-18 meses a fêmea, 18-24 meses o macho.

Distribuição e Habitat 

América Central, desde a Guatemala ao Panamá.
Florestas tropicais húmidas, preferencialmente em margens de rios e pântanos.

Conservação 

Não avaliado (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). É relativamente abundante na sua área de distribuição. Principais ameaças: Destruição do habitat.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Selvagens Invertebrados: Aranha Albina


Nova aranha albina descoberta
Fotografia: Volker W. Framenau / National Geographic

“Quase fui parar ao chão quando vi a sua cabeça branca” foi assim que o curador do Western Australian Museum, Mark Harvey, reagiu quando lhe pedido para descrever a nova aranha “albina” descoberta.
Esta aranha não é literalmente albina, uma vez que possui pigmento – o resto do seu corpo é castanho. Foi descoberta acidentalmente por uma pessoa que, atendendo à estranheza da aranha, a capturou num frasco e enviou para o museu.
“Infelizmente não sabemos nada sobre a sua história. Presumimos que passem toda a sua vida em tocas e que apenas os machos, quando adultos, saiam para procurar fêmeas noutras tocas” explicou Mark Harvey.
Esta nova aranha de cabeça branca é considerada rara, quanto mais não seja, por este ser o único exemplar conhecido. Ainda não foi descrita formalmente como uma nova espécie.
“As aranhas são um grupo de animais muito diversificado, que tanto fascinam como aterrorizam muitas pessoas, embora sejam animais cruciais para controlar as populações de insetos”. “O mundo seria um local mais pobre se não existissem aranhas” concluiu Harvey.

terça-feira, 1 de março de 2016

Lobo-Guará: Uma Relíquia do Passado com Futuro Incerto


O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um magnífico animal nativo da América do Sul, o maior canídeo selvagem do continente e o mais alto em todo o mundo.
Resistiu a diversas eras glaciares em plena era do gelo e quando o Pleistoceno estava a chegar ao fim, levando com ele inúmeras espécies em mais um evento de extinção em massa, foi o único dos grandes canídeos a sobreviver e chegar até nós.
Trata-se de um animal enigmático, que tem lobo no nome, mas não é um lobo, que parece uma raposa, mas não é uma raposa.
Uma relíquia e um animal fantástico, mas nem por isso livre do perigo de extinção. Conheça-o melhor ao longo deste artigo.

Características do lobo-guará

O lobo-guará é também conhecido apenas como guará, ou aguará, aguaraçu, lobo-de-crina, lobo-de-juba (tradução literal do nome comum em inglês, maned wolf) e ainda lobo-vermelho.
Ao olhar para um lobo-guará, saltam à vista as patas particularmente longas e negras, como se estivessem calçadas com meias, que lhes permite observar tudo em redor por cima da erva alta.
São também características as orelhas grandes, a pelagem vermelho dourada e uma espécie de crina negra na nuca, que lhe dá origem ao já referido nome em inglês.
Um adulto mede cerca de um metro de altura e pesa entre 20 e 25 quilos.
Estes lobos são animais solitários, ao contrário dos verdadeiros lobos que vivem em alcateias com uma estrutura social complexa. Muito tímido, o lobo-guará é largamente inofensivo para o ser humano, ao contrário do que a opinião popular por vezes transmite.
Vivem entre 12 a 16 anos, tendo em conta observações feitas em cativeiro.

Uma relíquia do passado

Ilustração de 1877 do lobo-guará
Ilustração de 1877 do lobo-guará no Proceedings of the Zoological Society of London
Via Scientific Illustration
A história evolutiva do lobo-guará faz deste um animal verdadeiramente único e especial.
O lobo-guará não é um lobo, não é raposa, um coiote, chacal ou mabeco. Trata-se de um canídeo distinto e a única espécie conhecida do seu género (Chryso­cyon).
Sobreviveu à extinção que se estendeu pela transição do Pleistoceno para o Holoceno, há quase 12 mil anos e que levou animais seus contemporâneos, que nós só conhecemos pelos seus incríveis fósseis, como mamutes, mastodontes e tigres-dentes-de-sabre.
Um estudo publicado em 2003 sobre a anatomia do cérebro de vários canídeos, relacionou o lobo-guará à também já extinta raposa-das-falkland (Dusicyon australis) e às raposas-sul-americanas (género Lycalopex).
Curiosamente, se o lobo-guará não é um lobo, as raposas-sul-americanas também não são verdadeiras raposas — mas que piada teria os nomes baterem certo?
Ilustração do lobo-guará
Ilustração do lobo-guará de 1978, por Piro Cozzaglio, no livro Rare and Beautiful Animals de Francesco Salvadori e Pier Florio
Fotografia: PINKÉ / Flickr
Mais tarde, em 2009, um novo estudo baseado na análise de ADN, demonstrou que os canídeos do género Dusicyon (a raposa-das-falkland e o seu primo continental, Dusicyon avus, extinto por volta do ano 1.000 a.C.) são os parentes mais próximos do lobo-guará.
Esse estudo mostrou também que o lobo-guará e a raposa-das-falkland terão divergido do seu ancestral comum há cerca de 6,7 milhões de anos.
Uma verdadeira relíquia do passado que temos a honra de conhecer no presente.

Onde vive e o que come

O lobo-guará habita florestas, savanas e pântanos desde o nordeste do Brasil (no Cerrado, um dos maiores hot-spots de biodiversidade do mundo) até ao Paraguai a sul e Peru a oeste. Também é encontrado em pequeno habitats na Argentina e na Bolívia.
O Uruguai fazia parte do seu habitat, mas acredita-se que tenha sido extinto naquele país durante o século XIX.
Estes lobos são omnívoros, com uma alimentação bastante variada. Caçam pequenos mamíferos, pássaros, répteis e insetos e também se alimentam de ovos, fruta e vegetação. A fruta, ou mais precisamente o fruto da lobeira (Solanum lycocarpum), representa quase 50% da sua dieta.
Caçam principalmente durante o anoitecer, noite e amanhecer e passam a maior parte do dia a descansar. No entanto, em dias frios, de céu nublado ou após uma chuva, é possível ver o lobo-guará ativo a qualquer hora, pelo que a sua atividade parece estar mais relacionada com a temperatura e humidade do que com hábitos noturnos.
O lobo-guará caça sempre sozinho.

A reprodução e os lobinhos negros

Filhote de lobo-guará nascido em cativeiro
Os filhotes de lobo-guará nascem pretinhos e até esta legenda está a negrito
Fotografia: Paul Caster / Little Rock Zoo
O lobo-guará é um animal monogâmico, ou seja, os casais formam-se geralmente para toda a vida, embora só vivam juntos durante a época de reprodução.
Como animais solitários que são, vivem sozinhos e praticamente independentes um do outro durante a maior parte do ano, mas ainda assim partilham e defendem o mesmo território, com cerca de 25 a 50 quilómetros quadrados.
A época de reprodução decorre entre Abril e Junho.
As fêmeas dão à luz entre um a quatro lobinhos por ano, nascidos entre Junho e Setembro, depois de uma gestação de cerca de 65 dias. Cada bebé pesa cerca de 500 gramas quando nasce.
Os bebés lobinhos veem ao mundo com uma pelagem quase toda negra, bem diferente da dos pais. A coloração normal vai sendo adquirida ao longo dos meses seguintes.
Filhote de lobo-guará
Filhote de lobo-guará com pouco mais de dois meses
Fotografia: Zoo Liberec
Antes pensava-se que a fêmea tomava sozinha conta dos bebés, mas observações em cativeiro mostram os machos frequentemente a cuidar dos filhotes, lamber-lhes o pêlo, defendê-los e alimentá-los.
Estes lobinhos atingem a maturidade sexual por volta do ano de idade e dispersam-se do território onde nasceram, embora não costumem acasalar antes dos dois anos.

Futuro incerto

Lobo-guará em extinção
Fotografia: TvdMost / Flickr
O lobo-guará tem poucos inimigos naturais. Praticamente só os grandes felinos lhe podem fazer frente, como jaguares ou pumas.
Mas, tal como em tantos outros animais, a expansão humana veio trazer uma ameaça que não conheceram até um passado recente: destruição de habitat, particularmente para conversão em áreas agrícolas.
São animais que necessitam de espaços amplos e ininterruptos (para não perderem contacto com o par de acasalamento) e só no Cerrado perderam cerca de 80% do habitat original.
Além da destruição de habitat, estes lobos são mortos nas estradas em atropelamentos e também por pessoas em busca de partes dos seus corpos que acreditam ser poderosos amuletos.
O lobo-guará não goza de grande reputação junto dos fazendeiros, que temem ataques aos animais domésticos. O lobo-guará é de facto um dos maiores animais da fauna sul-americana e tem por isso uma presença capaz de intimidar. No entanto, os seus dentes e mandíbulas são demasiado pequenos para caçar grandes animais (um pouco à semelhança do tigre-da-tasmânia).
Ironicamente, o lobo-guará é muito útil a libertar plantações agrícolas de pestes, como coelhos e pequenos roedores dos quais realmente se alimenta.
Dois lobos-guarás
Fotografia: Lallie / Flickr
Outro problema que se sabe afetar os lobos, embora seja incerta a sua gravidade, são as doenças de cães que contraem em contacto com estes, tais como leishmaniose, raiva, cinomose, parvovirose, entre outras.
Na Lista Vermelha da IUCN o lobo-guará está classificado como “quase ameaçado” e no IBAMA (Brasil) como “vulnerável”. O que estas classificações querem dizer é que a espécie não se encontra em risco iminente de extinção, mas esse pode ser o caso se medidas de conservação não forem aplicadas e controladas.
Legalmente, é proibido caçar o lobo-guará em todos os países onde ele habita.

Curiosidades

Curiosidades do lobo-guará
Fotografia: Cloudtail / Flickr
  • O lobo-guará é capaz de rodar as suas grandes orelhas, sensíveis como radares, para ouvir e localizar as presas;
  • Quando se sentem excitados ou ameaçados, a crina negra no pescoço fica com o pêlo todo ereto, o que lhes dá uma aparência mais intimidante;
  • O lobo-guará não utiliza as garras para escavar, mas sim os dentes;
  • A urina do lobo-guará tem um cheiro semelhante ao cannabis. Tal facto já levou as autoridades holandesas ao Zoo de Roterdão em busca de um suposto fumador de erva que não existia;
  • No Brasil, há quem acredite que a vocalização noturna deste lobo prediz mudanças no clima;
  • Também existe uma lenda sobre o lobo-guará ter poderes mágicos no seu olhar, capaz de hipnotizar presas, predadores e até caçadores humanos;
  • O lobo-guará já esteve representado na moeda de 100 cruzeiros, que circulou no Brasil entre 1993 e 1994;
  • A lobeira, fruta de eleição do lobo-guará, recebeu o seu nome precisamente por causa deste animal.

O lobo que não é lobo — conclusão

Como vimos, o lobo-guará é um animal mais especial do que à primeira vista possa aparentar. É uma preciosidade da nossa fauna, que transporta no sangue uma vasta herança genética dos tempos pré-históricos. Um animal com hábitos e características bem peculiares e diferentes de todos os outros canídeos.
Mas é também um animal com futuro incerto. Por ser grande, deixa algum desconforto e receio em quem o vê ao perto, ignorando que na verdade só se alimenta de pequenos animais, muita fruta e é praticamente inofensivo para nós.
Da próxima vez que vir um lobo-guará, não tenha receio. Não está a olhar para um perigo iminente. Está a olhar para uma relíquia do passado que merece o seu espaço preservado no mundo dos animais.