segunda-feira, 27 de junho de 2016

Renas

Renas: Factos e Fotos Sobre o Mítico Animal de Natal




FOTOGRAFIA ORIGINAL: MIKE GIFFORD


Convidamo-lo a descobrir as renas. Os míticos animais ajudam a puxar o trenó do Pai Natal (ou Papai Noel) pelos ares a velocidades supersónicas, mas o verdadeiro animal por trás do mito, embora não voe, revela-se tão ou mais fascinante.


Conheça melhor as fantásticas renas nesta breve compilação de factos e fotos:
As renas são também chamadas de caribus na América do Norte. O nome científico da rena é Rangifer tarandus e já foram descritas 14 subespécies, duas das quais foram extintas no início do século XX.
As renas medem cerca de dois metros de comprimento e podem atingir os 300 quilos de peso. Os machos costumam ser maiores e mais pesados do que as fêmeas.
É um animal nativo do hemisfério norte e pode ser encontrado na Escandinávia, Sibéria, Gronelândia, Canadá e Alasca.



FOTOGRAFIA: EXCLUSIVEPIX

Uma manada de renas pode conter 500 mil animais.
São protagonistas de uma das migrações mais longas entre os animais terrestres, percorrendo cerca de 2.500 quilómetros todos os anos.
Viajam para norte durante a Primavera em busca de temperaturas mais frescas (ao contrário de nós) e regressam aos seus habitats de origem no Outono, quando o clima mais a norte já se torna demasiado severo.
As fêmeas partem para migração várias semanas antes dos machos, que as seguem acompanhados dos filhotes nascidos no ano anterior.
Nem todas as renas migram.





FOTOGRAFIA: VIA IMGUR



FOTOGRAFIA: ALLAN HOPKINS
As fêmeas têm um filhote por ano e ocasionalmente nascem gémeos. Os filhotes conseguem segurar-se em pé poucos minutos após nascerem e cerca de sete horas depois já caminham e até correm ao lado da mãe.
Com apenas um dia de idade, as renas bebés seriam capazes de ultrapassar um corredor olímpico. Quando adultas, atingem os 80 quilómetros por hora. Dentro de água conseguem nadar entre 6 a 10 quilómetros por hora.
O leite das renas é dos mais ricos e nutritivos entre todos os mamíferos terrestres, com cerca de 22% de gordura e 10% de proteína. Por comparação, o leite de vaca possui apenas 3 a 4% de gordura.



FOTOGRAFIA: ROBIN MCCONNELL

A rena é um animal ruminante. Ou seja, mastiga o alimento uma vez e depois de ir para o estômago, o alimento regressa à boca para ser mastigado uma segunda vez.
Grande parte da alimentação da rena consiste em líquenes, especialmente durante os meses mais frios. Para encontrar o líquen, que pode estar mais de meio metro abaixo do solo, as renas escavam utilizando os poderosos cascos.
As renas são os únicos animais — para além de alguns gastrópodes (moluscos) — que produzem a enzima lichenase, capaz de converter algumas propriedades dos líquenes em glucose.
É fisicamente impossível a uma rena andar e urinar ao mesmo tempo. Por esse motivo, têm de parar regularmente a caminhada.
Os lapões (grupo étnico nativo da Lapónia, região que abrange o norte da Noruega, Suécia, Finlândia e noroeste da Rússia) até inventaram uma medida de distância baseada neste facto, a “poronkusema”. São cerca de 7,5 quilómetros e têm origem na distância aproximada que uma rena viaja antes de ser obrigada a parar.



FOTOGRAFIA: SANDY BROWN JENSEN

As renas são os únicos veados em que tanto o macho como a fêmea possuem hastes (ou galhadas, não confundir com cornos e chifres), apesar de isso não acontecer com todas as fêmeas.
São a segunda espécie de veado com maiores hastes do mundo, apenas atrás dos alces, e os que têm as maiores hastes em relação ao tamanho do corpo. As hastes das renas chegam a medir 1,30 metros de comprimento e são renovadas todos os anos.



FOTOGRAFIA: WALTER BAXTER

Os olhos das renas mudam de cor consoante a estação do ano. No Verão, quando existe plena luz solar, os olhos são dourados e/ou esverdeados. No Inverno, em que chegam a passar três meses de plena escuridão na região ártica, os olhos tornam-se azuis e cerca de mil vezes mais sensíveis à luz.
As renas são também capazes de ver a luz ultravioleta, o que lhes permite uma boa visibilidade em condições de pouca luz. Também ajuda a encontrar alimento, como o líquen, que ao absorver luz ultravioleta se torna mais negro aos olhos das renas. Em paisagens totalmente brancas cobertas de neve, este contraste é de grande utilidade.
Tal como acontece com outros animais adaptados ao Inverno, as renas possuem pelagem especializada para combater as temperaturas baixas e a sua cor varia consoante o clima: mais escura no Verão e mais clara no Inverno.



FOTOGRAFIA: NATHANAEL COYNE

O nariz das renas é especializado. Com as narinas bem afastadas e uma área grande dentro delas, o ar que as renas respiram é aquecido antes de chegar aos pulmões.
Também na expiração, a água contida no ar expirado é capturada antes do animal exalar. Esta água, retida nas narinas, é depois usada para humedecer o ar seco que a rena inspira e também para evitar que as mucosas sequem.
São a única espécie de veado cujo nariz é totalmente coberto por pêlo.



FOTOGRAFIA: ALEKSI AALTONEN

As renas têm grandes cascos, adaptados para suportar o seu grande tamanho e peso enquanto caminham sobre a neve, além de servirem como remos quando estão dentro de água.
Os cascos das renas são únicos pela forma como se adaptam ao clima: no Verão, com terreno mais macio, o fundo dos cascos funciona como uma esponja para fornecer tração; no Inverno, as bordas dos cascos ficam mais salientes, permitindo perfurar o gelo no solo e evitar que o animal escorregue.
Uma rena consegue viver até cerca de 17 anos na natureza, no caso das fêmeas e cerca de quatro anos menos, no caso dos machos.



FOTOGRAFIA: FROSTNIP

Os fósseis mais antigos de renas já encontrados datam de há cerca de 680 mil anos, pelo que estes animais já habitavam o planeta muito antes da chamada idade do gelo (110.000 até 12.000 anos atrás).
Os seres humanos começaram a caçar e alimentar-se de renas no Mesolítico (10.000 a 5.000 a.C), tradição que se mantém até hoje em algumas regiões da Noruega e Gronelândia.
Há pelo menos 3 (e talvez 7) mil anos que as renas começaram a ser domesticadas na Lapónia.



AUTOR DESCONHECIDO

A lenda das renas e o Pai Natal teve origem num poema de 1823, da autoria de Clement C. Moore, que descreveu oito renas voadoras.
A rena mais famosa (Rudolfo), só apareceu mais de 100 anos depois, em 1939, num livro infantil escrito por Robert L. May. Segundo o autor, Rudolfo é uma rena especial, com um nariz vermelho luminoso, capaz de guiar as restantes renas e o Pai Natal por entre o nevoeiro.
A ciência não poderá explicar como as renas do Pai Natal voam. Mas já explicouo nariz vermelho da rena Rudolfo. Algumas renas adquirem de facto uma cor avermelhada no nariz, que se deve a uma densidade maior de vasos sanguíneos, utilizados para manter as narinas quentes.

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